O último botão de rosa para aquele hospital


Fite-me com teus olhinhos tão flamejantes
Tão vazios, tão cheios de melancolia
Confesse teu doce ódio por mim
Deixe-me ouvir teu silêncio mais uma vez
Escondido em tuas lágrimas cintilantes

Entre vocábulos perdidos e suspiros,
Perco-me entre o princípio, o meio e o fim,
Abrace-me os dedos, toque-me os lábios,
E caminhemos juntos, sem medo,
Sobre as entrelinhas.

Navegando em minhas horas
Distraído em meu sutil rastejo... E desejo
Caminho os dedos sobre a sombra
À procura de um feixe de luz,
Luz que me afastaria tamanha angústia
Que insiste em nascer a cada crepúsculo
Repartido em meias-palavras, botões de rosa
E um copo de cólera.

Minhas palavras desabam em escassez
Em emaranhados de consoantes e vogais
Esbarrando-se em pausas e elisões
Que se calam quando meus lábios
Em profunda morbidez se abraçam
E extasiados com o perfume da rosa tímida
Em profundo sossego me libertam!

3 comentários:

Anônimo disse...

Seu 'eu' poético é meio adefuntado...
Senti uma puxada pra metalinguagem da língua portuguesa. =D

as palavras tãoa mt bem escolhidas..

isssssssooooooooo!
ae!
nota 10 xD

Gustavo Monteiro disse...

Que meia-boca que nada,
ficou muito bom! Voce é muito misterioso... Isso torna o texto interessante, como um segredo ainda não dito mas que todos sabem da existência!
Fazer um livro com voce será um prazer e um desafio ao mesmo tempo... Se eu não quiser ficar pra traz.
abraços

Anônimo disse...

As palavras confundem a mim um pouco, mais sempre no término elas trazem a tradução do que vc quer falar. Isso é saber mexer com o raciocínio de cada um. Fazendo delas uma maneira sutil de expressar os sentimentos.. Legal mesmo!!
xero