Sina

Secou de minh’alma de esperança a folha última
Meu amor abrasado fora transformado em matéria bruta
Meu verbo inflamado, a pulmões deflagrados, hoje emudecido
Meus pés molestados desenham fraquejados um caminho esquecido.

Meus ouvidos bebem o escorregadio gotejar das estalactites
Minhas mãos entorpecem com o frio definhar das minhas artrites
A escuridão cresce e tece, a meus sonhos padece em canção esquecida
É a solidão que esbraveja, me beija e deseja o meu sopro de vida!