No silêncio surdo, sacro e sideral
Entregue a frios lençóis e travesseiros
No covarde aconchego dos cabelos
Ecoa minha voz imaterial.
As paredes emudecem o soluço
De minh'alma entrelaçada em lamento
A vãs lembranças, memórias de um tempo
Insuprível sobre as quais me debruço.
Entretanto, ao findar da madrugada
Que o mar salgado sob meus olhos rega
E o meu peito em desespero se entrega
Tua luz me encontra à aurora de joelhos
Leva-me a brandas águas meus artelhos
Sobre as quais eu caminho na alvorada.
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