Devaneios de uma saudade


Em alguma tarde de dezembro
Em algum lugar no fim do mundo...
Estou aqui de braços cruzados
Esperando o trem das sete

Estou sem voz
Estou sem fé
E em minha mente
Tu me envenenas
Com teu sorriso
Com tuas mãos
E com tuas frases de amor

Numa tarde de dezembro
Ponho-me a caminhar descalço
Nessa terra de ninguém
Sinto o vento cortar-me a face
Sangrando-me uma lágrima

Em alguma tarde de dezembro
Enquanto as areias desérticas
Maltratam-me os pés
Palavras soltas e ao avesso
Fogem dos meus lábios

Louco e desapontado
Eu berro teu nome,
Recito-lhe um poema
Estendo-lhe a mão
Caminho sem destino
Canto-lhe uma canção

Numa pequena
Fração de tempo
Observando as nuvens
Lembro-me do teu nariz
Teus braços e mãos
Teus joelhos e quadris
Teus lindos pés!

E admirando o pôr do sol
Corro sem destino
A mil pés por segundo
Sedento de teu cheiro
De tuas unhas e dentes...
De tua carne!

4 comentários:

Gustavo Monteiro disse...

massa velho
gostei da parte "esperando io trem das sete(raul seixas)"
poesia massa, ,as só uma pergunta vc esta encantado com alguem em uma tarde de desembro certo???
tudo isso é seu sentimento ou é apenas o sentimento do eu lírico???????
flwzzzzzz

Anônimo disse...

Muitoo boa!
ameeii essa poesiia
muito linda e bem feiita!
^^
parabéns rafaa!

=DD

Anônimo disse...

Seu putinho XD doido pra comer uma, né?????

Anônimo disse...

pow vei q lindu..como tu consegue ser tao bom niso?