Foi numa tarde alva, de alvas nuvens frias
Ouvindo uma língua que mal conhecera
Magro, alvo e canhoto eu percebera
Que o traria na brancura dos meus dias.
Em ti me fez retrato, em fé e razão
Tua singeleza nívea de uma criança
Era o espelho do que eu fora na infância
Fiz de ti minha imagem e meu próprio irmão.
Fraternidade cândida eu achara
Assim se alvoreceu o sentimento
Asseado diamante, uma joia rara
Porventura levo-a a qualquer momento
Desde a brisa desta manhã tão clara
Ao dia em que me desfarei ao vento.
Translúcido
A. de Lima | 22:26 | | 0 comentários
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário